Israel e o Hamas estão a considerar um acordo em três fases que libertaria reféns em Gaza, começando com um cessar-fogo de seis semanas, de acordo com autoridades com conhecimento do projecto de acordo apresentado pelos chefes de inteligência internacionais em Paris esta semana. Washington diz que um acordo para libertar mais reféns e pôr fim aos confrontos em Gaza está mais próximo do que em qualquer momento desde o colapso do cessar-fogo em Dezembro. Ultrapassar os limites significaria superar divisões internas e diferenças arraigadas entre os lados em conflito. Autoridades dizem que os obstáculos tornam improvável um acordo iminente, mas sugerem que, se forem superados, o acordo poderá ser concluído dentro de uma semana a 10 dias. A vontade de ambos os lados de sequer considerarem a arquitectura de um acordo indica uma pequena mas significativa mudança nas posições negociais. Demonstra também as pressões sobre Israel e o Hamas à medida que a guerra em Gaza chega ao seu quinto mês, tendo levado a região à beira de um conflito regional total. Uma questão importante a ser resolvida em futuras negociações é a proporção de prisioneiros palestinianos que serão libertados em troca dos reféns. O Hamas exigiu a libertação de 150 prisioneiros palestinianos por cada soldado israelita libertada. Israel quer todos os soldados detidos em Gaza, disseram os negociadores. Não foi possível determinar quantos prisioneiros Israel libertaria em troca. O Hamas disse repetidamente que só estaria disposto a libertar os reféns em troca de um acordo que pusesse fim à guerra, algo com que Israel disse que não concordaria. A proposta actual reflecte uma tentativa de colmatar essa lacuna, ganhando tempo para negociar uma trégua a longo prazo, segundo responsáveis familiarizados com as conversações.
@ISIDEWITH11mos11MO
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